Confissões de uma mãe homeschooler

 

 

Por Renata Santos

Sou uma mulher feliz. Atualmente parece ser impossível que tal substantivo possa caminhar junto com tal adjetivo. A mulher pode ser livre, pode ser independente, bonita ou feia. Mas feliz, está difícil…

Muitas procuram palavras libertárias para trilhar a busca pelo caminho da felicidade, e tentam sinceramente buscá-la. Correm, correm em busca da danada da felicidade, e nunca alcançam. Podem até em determinados momentos encontrar aquela alegria momentânea, esfuziante, porém logo se colocam na velha lida de correr atrás do que poderia preencher suas vidas.

A maturidade e a Escrituras me levaram a refletir melhor sobre o contentamento. Encontrar a felicidade fica mais fácil quando se tem um Senhor misericordioso lhe dizendo exatamente como se encontra. Então, aqui estou eu, compartilhando com vocês sobre a minha alegria.

Tenho contentamento no meu Deus, que enviou o seu filho para me salvar. Obrigada Senhor por me escolher, mesmo eu não sendo merecedora do Seu amor.

Tenho contentamento em ser esposa, amando e sendo amada por um marido zeloso, cuidadoso e provedor. Sou feliz por ser protegida, tratada como uma rainha, respeitada pelas minhas virtudes, pelo meu intelecto e exortada pelos meus erros.

Tenho contentamento em ser mãe, graça concedida, favor imerecido. Me regozijo em cuidar de minha casa, mesmo tendo a bagagem acadêmica que tenho. Gosto de estar em casa, de criar um ambiente de paz, um lar aconchegante, amo pastorear os meus filhos de perto, cuidando de seus corações.

E agora, nessa nova fase de minha vida, estou jubilante com a opção de dedicar minha energia a educar meus filhos em casa. É como se todos os meus dons e talentos convergissem em um só propósito: redimida, mulher, esposa, mãe, professora. Tudo o que eu sou está canalizado em um só esforço: trilhar o caminho da vida, conduzindo os meus filhos pelas mãos, segundo as ordenanças do Senhor.

Por isso, não me sinto explorada por um suposto acúmulo de funções (pois a função é única, nós é que a dividimos em inúmeras partes para depois não conseguirmos cumpri-las).  Pelo contrário, me sinto compelida a ir mais longe: a ser mais piedosa, a ter meus pecados tratados, a crescer em sabedoria e conhecimento. Não tenho jornada dupla ou tripla, tenho uma jornada única, certeira, em que todas as minhas energias convergem para me conduzir ao alvo juntamente com os que me  foram confiados.

Agradeço a Deus pela vida que tenho, com todas as limitações e dificuldades pelas quais uma mãe passa. Agradeço pela oportunidade ímpar de estar junto aos meus filhos, pois tenho desfrutado do crescimento e amadurecimento deles. Estou ensinando-os a enxergar o mundo a partir das lentes do alto, a serem sujeito ativos e críticos, a não se conformarem com esse mundo, a fazer diferença para o Reino.

Não há maior alegria para uma mulher do que esta!

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